"Aproveitamos para dar vazão aos nossos maus fígados e tornar do conhecimento geral pequenas e grandes características ou acontecimentos que fazem com que, na nossa opinião, aquela criatura seja um ser antipático, execrável."
Acontece todos os dias. A propósito e a despropósito, surgem discursos que apenas parecem destinados a diminuir e desqualificar alguém. Gastamos muito mais tempo a falar do que está mal e a criticar do que a ter atitudes positivas e simpáticas. Mas, dentro deste género, que parece ser idiossincraticamente nosso, a tendência para "deitar abaixo", apenas porque sim, é imensa, é enorme.
A maioria das vezes, como também não nos destacamos pela coragem e frontalidade, os comentários de escárnio e maldizer são feitos pelas costas. Na ausência do nosso objeto, que é como quem diz, de um dado sujeito-alvo, aproveitamos para dar vazão aos nossos maus fígados e tornar do conhecimento geral pequenas e grandes características ou acontecimentos que fazem, na nossa opinião, com que aquela especial criatura seja um ser antipático, execrável, patético ou, pelo menos, bom para ser invocado nesses termos.
Mas, muito pior (se é que estas coisas têm escala) é a situação em que aproveitamos exatamente a presença desse sujeito para mostrar e demonstrar como ele é poucochinho.As mais das vezes, isto acontece em circunstâncias triviais. São as mães a dizer como os filhos fazem (mal) qualquer coisa: estudar, relacionarem-se, praticarem um dado desporto, gastarem demasiado tempo em frente ao espelho. Descontraidamente, assumem que os querem envergonhar, como se essa humilhação pública fosse um excelente auxiliar pedagógico e educativo.
Mulheres e maridos, namorados e namoradas, amigos de todas as idades e condições, volta em vez para uns e frequentemente para outros, aproveitam para fazer graça com uma insuficiência, dificuldade, atabalhoamento, erro ou apenas diferença do parceiro.
Expõem, sem pudor, aquilo que se diria fazer parte de uma zona de intimidade, e ridicularizam, sem nenhum sentido de proteção, quem supostamente amam.
Há, depois, todos os chefes e ajudantes de chefes que ralham com adultos como se isso fosse aceitável; os subordinados que divulgam com alegria os embaraços das chefias respetivas a que tiveram acesso; os colegas sempre prontos a clarificar as dificuldades dos outros.
Por qualquer extraordinária razão, usamos a humilhação como recurso quotidiano, sempre engatados na nossa insegurança.
Resta dizer que alguns passam ao lado deste exercício mesquinho: nem humilham nem se deixam humilhar. Mas são poucos.
A maioria das vezes, como também não nos destacamos pela coragem e frontalidade, os comentários de escárnio e maldizer são feitos pelas costas. Na ausência do nosso objeto, que é como quem diz, de um dado sujeito-alvo, aproveitamos para dar vazão aos nossos maus fígados e tornar do conhecimento geral pequenas e grandes características ou acontecimentos que fazem, na nossa opinião, com que aquela especial criatura seja um ser antipático, execrável, patético ou, pelo menos, bom para ser invocado nesses termos.
Mas, muito pior (se é que estas coisas têm escala) é a situação em que aproveitamos exatamente a presença desse sujeito para mostrar e demonstrar como ele é poucochinho.As mais das vezes, isto acontece em circunstâncias triviais. São as mães a dizer como os filhos fazem (mal) qualquer coisa: estudar, relacionarem-se, praticarem um dado desporto, gastarem demasiado tempo em frente ao espelho. Descontraidamente, assumem que os querem envergonhar, como se essa humilhação pública fosse um excelente auxiliar pedagógico e educativo.
Mulheres e maridos, namorados e namoradas, amigos de todas as idades e condições, volta em vez para uns e frequentemente para outros, aproveitam para fazer graça com uma insuficiência, dificuldade, atabalhoamento, erro ou apenas diferença do parceiro.
Expõem, sem pudor, aquilo que se diria fazer parte de uma zona de intimidade, e ridicularizam, sem nenhum sentido de proteção, quem supostamente amam.
Há, depois, todos os chefes e ajudantes de chefes que ralham com adultos como se isso fosse aceitável; os subordinados que divulgam com alegria os embaraços das chefias respetivas a que tiveram acesso; os colegas sempre prontos a clarificar as dificuldades dos outros.
Por qualquer extraordinária razão, usamos a humilhação como recurso quotidiano, sempre engatados na nossa insegurança.
Resta dizer que alguns passam ao lado deste exercício mesquinho: nem humilham nem se deixam humilhar. Mas são poucos.
13 comentários:
Trabalho num local onde costumo ver chefes de 30 anos a gritar com subordinados de 50. Acho isso uma situação absolutamente humilhante. Enfim:(
L.O.L. não és o único no meu local de trabalho é bem pior que isso até já andaram à porrada patrão e empregado! Fora as asneiras que gritam uns com os outros e o mais surreal é fazerem o mesmo a alguns clientes!
enfim é humilhação dia após dia!
lol...a tendência é para piorar...mas por vezes a culpa é do empregado que por pensar que patrão lhe sorri já acha que é amigo ,depois dá neste tipo de situação!!
estamos com um ar novo no blog ou é deste meu pc maluco...beijinhos da miga F
Respeito é bonito e todos gostamos! Temos que nos dar ao respeito para termos em troca. Tão básico... :s
Infelizmente não há respeito, aqui é a mesma cena, o empregado é que dá os bitaques ao boss.
A culpa é sempre do empregador, que tem que por deternimados principio e valores.
Cada um no seu posto.
E respeitar acima de tudo.
Como já disse num post, os principios basicos estão a perder.
Bjstos
Este texto está ótimo (ou óptimo, como queiras). Eu infelizmente também conheço pessoas que praticam este tipo de acção parva. Quando se fala de marido / mulher, conheço um casal assim, em que o prato predilecto dele, é humilhar a rapariga, em frente a todos. Até para nós é humilhante ouvir aquilo.
Está muito bom o texto...e vejo muita humilhação nos ultimos tempos, principalmente entre marido e mulher e é mto triste!
Olá! Obrigada pela visita no meu blog! muitos beijinhos
belo texto... é bem verdade que o ser humano hoje em dia perdeu o respeito pelo outro :/
Gostava de vir dizer que realmente há muita gente assim e que é feio... mas a verdade é que me revi nessas pessoas. Também o faço de vez em quando, sem querer fazer mal à pessoa (tantas vezes um amigo, colega, namorado, família) mas a verdade é que é humilhante...
Esse texto diz o que infelizmente se vê nos dias de hoje. E tal como a Sininho, revi-me em certos comentários que às vezes podia evitar.
Fez-me pensar nisso e querer mudar.
:)
Bom meninas e meninos está na hora de sermos umas pessoas melhores por isso toca a mudar!!!
extraordinário esse artigo. obrigada pela partilha
Bjs
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